Quem nos anos 80 não cantou Tudo Pode Mudar, Ti Ti Ti ou Johnny Love da Banda Metrô?
BANDA METRÔ = BAIXE AQUI
Metrô é uma banda brasileira de new wave formada em 1978 sob o nome "A Gota Suspensa" antes de se rebatizar em 1984. Começando como uma banda de rock progressivo, mais tarde mudaram para uma direção mais influenciada pela new wave, tornando-se um dos grupos mais bem-sucedidos da cena brasileira da década de 1980.
O núcleo que mais tarde viraria Metrô era composto por cinco colegas franco-brasileiros que estudavam juntos no Liceu Pasteur, colégio francês de São Paulo: a atriz e modelo Virginie Boutaud (vocais), Alec Haiat (guitarra), Yann Laouenan (teclados), Xavier Leblanc (baixo) e Dany Roland (bateria). A Gota era um conjunto de rock progressivo/experimental bastante inspirado por bandas como Pink Floyd, King Crimson, Novos Baianos, e pelo movimento tropicalista, entre outros.
Aos poucos, o som da Gota foi fidelizando um público juvenil cada vez mais numeroso, que os seguia em suas apresentações em colégios assim como em festivais de música em São Paulo. Aos poucos começaram a se apresentar em espaços muito característicos desta época como Clash e Carbono 14. Em 1983, a fita que gravaram para se candidatarem ao festival interno do Colégio Objetivo interessou um produtor independente, mecenas dos primeiros registros do som da Gota em estúdio.
O álbum A Gota Suspensa foi lançado pela gravadora independente "Underground Discos e Artes", com a participação de Tavinho Fialho no contrabaixo no lugar de Xavier, que tinha sido convidado pelos pais a ser mais assíduo nos estudos, e o sensível Marcel Zimberg (saxofone, flauta). O disco não foi um sucesso comercial, porém foi muito bem-recebido pela crítica, adquirindo status cult.
Em 1985 o Metrô lançou pela Epic Records seu primeiro álbum, Olhar, produzido por Luiz Carlos Maluly. Lançado em vinil e cassete, o álbum contém os hits "Tudo Pode Mudar", "Cenas Obscenas" (que contou com uma participação especial do ex-João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, Leo Jaime), "Johnny Love" (incluída na trilha sonora do filme de 1985 Rock Estrela de Lael Rodrigues, no qual o Metrô faria uma participação junto a Leo Jaime) e "Ti Ti Ti" de Rita Lee e Roberto de Carvalho (tema de abertura da novela homônima exibida de 1985 a 1986).
O álbum também contou com participações especiais de Guilherme Isnard (do Zero) e da banda Degradée, na qual tocava o irmão de Alec Haiat, Freddy.
O Metrô logo se tornou um dos grupos mais famosos e bem-sucedidos do Brasil, ao lado de Blitz, Legião Urbana, Titãs, RPM, Rádio Táxi, Ultraje a Rigor e Kid Abelha, entre outros. Chegavam a fazer sete shows em uma semana, aparecendo constantemente em numerosos programas de auditório da época : Cassino do Chacrinha, Clube do Bolinha, Programa Raul Gil, Programa Barros de Alencar, Globo de Ouro, Fantástico e Perdidos na Noite. Também contribuíram com uma canção para o álbum da popular série televisiva infantil Balão Mágico, "Não Dá pra Parar a Música", também lançado em 1985.
Apesar de seu imenso sucesso, as intensas e ininterruptas viagens da turnê acabaram implodindo o grupo. Parte do grupo sentia falta da fase mais experimental, queriam mudar mais uma vez de som e de vida, se distanciar do som new wave que vinham desenvolvendo até então como Metrô. Virginie saiu da banda em 1986. Alec, Yann, Dany e Xavier engataram o projeto "A Mão de Mao". Quanto a Virginie, após ter conhecido outros universos musicais trabalhado com Arrigo Barnabé e Philippe Kadosch, entre outros, formou com Dom Beto, Albino Infantozi e Nilton Leonardi, a banda "Virginie & Fruto Proibido". O álbum Crime Perfeito foi lançado em 1988. "Más Companhias", parceria de Virginie com Don Beto, entrou na trilha sonora da novela global Fera Radical.
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