Programa para Radio - Especial Banda RPM Para Emissora de Radio Web
O RPM surgiu em 1976. Paulo Ricardo e Luiz Schiavon se conheceram e deram início a uma sólida amizade. Paulo fazia faculdade de Jornalismo e Luís Schiavon já era músico profissional. Como Paulo também gostava muito de música e sabia tocar instrumentos harmônicos, ele sugeriu uma parceria com Schiavon. Convidaram um Baterista desconhecido e formaram o trio Aura.
O Aura começou com um jazz-rock e Paulo começou a colocar suas idéias em prática. Ele fazia as letras e Schiavon, as melodias. O Aura não durou muito.
Eles então Resolveram dar um tempo, e cada um foi para seu lado. Paulo foi para Londres, onde era correspondente da revista Somtrês.
Schiavon começou a trabalhar como free-lancer. Os dois ainda se correspondiam e iniciavam o projeto de uma nova banda. Paulo Ricardo voltou e eles logo colocaram as idéias em prática. Aceitaram a sugestão de uma amiga e adotaram o nome RPM.
Eles gravaram uma fita demo e mandaram para a CBS, que não aprovou. Eles não desanimaram e começaram a procurar razões para o trabalho não ter sido aprovado. Chegaram à conclusão que deveriam arrumar um guitarrista. O escolhido foi Fernando Deluqui. Junto de Fernando veio um baterista chamado Júnior.
A banda começou a fazer algumas apresentações em boates, mas Júnior acabou saindo. O substituto foi um velho conhecido de Schiavon, Paulo P.A. Pagni. Com a formação completa o RPM prepara uma segunda fita demo e manda para várias gravadoras. Aparecem interessados e a banda acaba assinando com a CBS.
Após o lançamento de um compacto que continha a clássica "Louras Geladas" e "Revoluções por Minuto", eles começaram a fazer shows e em um deles, estava Ney Matogrosso, que viria a se tornar o produtor ao vivo. A banda entra em estúdio e grava o álbum "Revoluções por Minuto".
O álbum vende 300 mil cópias em um ano, rendendo um disco de ouro e outro de platina. Músicas como "A Cruz e a Espada" e "Sob A luz do Sol" empolgavam os ouvintes e mostravam que a banda tinha um outro lado que não havia sido demonstrado no compacto.
Corria o ano de 85, e gravações da música "London London" (Caetano Veloso) interpretada pela banda, já rolavam nas rádios. A banda estava no auge e os shows eram lotados sempre, daí veio a idéia de gravar um segundo álbum ao vivo.
"Rádio Pirata" foi editado em 86 e trazia uma música nova, chamada "Alvorada Voraz", além de um cover de "Flores Astrais" dos Secos e Molhados. Este álbum se tornou récorde de vendagem com quase três milhões de cópias. Neste período, a banda perde um pouco o controle, e os músicos começam e entrar na fase dos excessos, seja com bebidas, drogas ou mulheres.
Paulo Ricardo e Luiz Schiavon se juntam e resolvem fazer um disco em dupla. A Gravadora convida os quatro para uma reunião e oferece um vantajoso contrato. A banda não hesita e volta aos estúdios.
O álbum sai sob o nome de "RPM", mas popularmente é conhecido como "Quatro Coiotes" que é a música de abertura do disco. A banda aparece com um novo visual, no melhor estilo "metal americano", os cabelos compridos, roupas de couro, fotos sombrias. Técnicamente, o disco é muito bom, destaque para "Ponto de Fuga", "Partners" e "Quatro Coiotes", a melhor do álbum.
Apesar de tudo, o disco não emplacou e a banda começou a pensar em seu sucessor. Só que eles não chegaram a um acordo sobre o material que seria produzido. Luiz Schiavon queria algo mais eletrônico e dançante, enquanto o resto da banda estava mais para as guitarras distorcidas e batidas pesadas. Como ninguém se entendia, a banda decretou seu fim e fez suas últimas apresentações no Dama Xoc em 1989
Em 93, ele e Fernando resolvem trazer à tona o nome RPM. Convidaram o tecladista Franco Júnior e o baterista Marquinho Costa e lançaram um álbum no melhor estilo Hard Rock. A banda emplacou a faixa "Gênese", mas foi iniciado um boicote ao novo RPM, que ainda fez uma versão deste disco em castelhano para depois se separar.
A maioria dos fãs já haviam perdido a esperança da volta da formação original da Banda, quando a MTV anunciou que produziria o show de retorno do RPM original. A banda gravou a música "Vida Real" que emplacou nas rádios. Ficava a dúvida se os bons tempos voltariam ou se Paulo Ricardo surtaria de novo.
Para o bem da humanidade, a fase brega depressiva do cantor terminou e ele assumiu o baixo novamente e comandou o RPM no show para a MTV, que virou disco. Graças a Deus não foi incluída nenhuma música da carreira solo do cantor, apenas os clássicos, além de músicas novas como "Vida Real", "Carbono" e "Rainha".
Um fato lamentável é não terem incluído nenhuma música do disco lançado em 93 e terem deixado de fora canções com "Quatro Coiotes" e "Flores Astrais", mas nada é perfeito. No final de contas , valeu á pena esperar.
A Impressionante Historia do Baterista da Banda RPM mais conhecido com P.A
Com a morte do músico paulistano Paulo Antônio Figueiredo Pagni (1º de junho de 1958 – 22 de junho de 2019), o baterista conhecido como P.A. ,é eternizado na formação clássica do grupo RPM, e nos faz lembrar como o sucesso no universo pop às vezes acontece pelo que pode ser chamado de acaso ou destino.
P.A. nem aparece na capa do primeiro álbum do RPM, Revoluções por minuto, lançado em 1985. É que P.A. gravou o disco como músico convidado do grupo para suprir a lacuna aberta com a saída de Charles Gavin – este, sim, o músico recrutado para ser baterista do RPM.
Só que Gavin preferiu assumir as baquetas do grupo Titãs e saiu do RPM. Paulo P..A. Pagni foi arregimentado em janeiro de 1985, gravou o álbum de estreia do RPM, foi oficializado na sequência como baterista do grupo e entrou para a história do pop nacional. Tornando-se um dos maiores bateristas do Brasil.
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